1- Na sua opinião o que significa ser um/a escritor/a?
Eu digo que trago para o papel as histórias que povoam a minha cabeça, levantando e discutindo questões que acredito serem importantes e pouco inseridas nos livros de ficção (especialmente os romances) como a gordofobia, a idealização da maternidade, a maternidade solo e as vivências das mulheres acima dos 30 anos. Escrevo romances que gostaria de ler, sempre com protagonistas gordas, que me representam.
2- Quando começou a escrever?
Comecei a escrever aos 14 anos inspirada nos livros do Pedro Bandeira. Usava cadernos escolares para criar histórias, totalmente manuscritas. Depois, repassava os cadernos para as colegas de turma que amavam ler e palpitar sobre os próximos acontecimentos.
3-Como é seu processo de criação? Como é a sua rotina e quanto tempo leva em média para terminar um livro?
Eu gosto de anotar ideias aleatórias em um caderno para avaliar se rendem ou não histórias. Normalmente, penso na ideia central e nas ramificações, depois nos personagens. Eu trabalho em tempo integral como farmacêutica então, só escrevo no fim do dia e nos fins de semana. A questão do tempo para terminar um livro não me influencia muito, com exceção de alguns fatores como se houver um prazo externo de entrega ou de acordo com a fluidez da história. Tenho livros inacabados e parados há dois anos e outros que escrevi em 45 dias.
4-Conte pra gente:
Um livro nacional preferido: "Perdida" da Carina Rissi.
Um autor nacional preferido: Pedro Bandeira, por ter marcado tanto a minha vida como leitora e como escritora.
Um livro nacional que indica: Posso roubar e indicar dois que li esse ano e amei? "Um milhão de finais felizes" do Victor Martins e "Entrega para você" da Nattalia Azevedo.
Um autor nacional que faria parceria:
Fiz uma parceria com outras quatro autoras Amanda Marques, Luciana de Gnone, Amelia Lobo e Juliete Vasconcelos este ano, que gerou o livro “Te odeio mãe com todo meu amor”. Foi um projeto incrível com 5 contos de 5 mães completamente diferentes.
Eu assino “Passarinha” sobre uma mãe de 50 anos, sofrendo pelo ninho vazio e buscando os sonhos que foram adiados pela maternidade. Se elas me chamarem novamente, eu já digo “topo” sem nem escutar a proposta.
5-Quais foram as mudanças na sua vida depois que começou a escrever?
Escrever sempre foi parte de mim, mas sem dúvidas a troca com leitor enche meus dias de sorrisos! É incrível quando alguém me procura para falar que gostou dos meus livros. Como comecei a publicar em 2020, escrever foi minha válvula de escape.
6- Um livro que marcou sua vida?
"A marca de uma lágrima" do Pedro Bandeira. Foi o livro que abriu as portas da minha vida como leitora e escritora.
7- Autor/a que teria vontade de conhecer pessoalmente?
São vários! Estou sonhando com o fim da pandemia para cruzar com todos que falo aqui no instagram pelos eventos literários da vida! As primeiras que estariam na lista seriam as autoras que citei na parceria.
8- Quais suas obras publicadas?
No momento, eu tenho uma noveleta chamada "Positivo" disponível em e-book na Amazon e no kindle unlimited. Ele conta a história da Rosa, uma mulher de 40 anos, gorda, em plena expansão da vida profissional, que acabou de sair de um casamento violento e se descobre grávida sem desejar. A partir daí, o livro se passa durante a gestação da mulher demonstrando a gordofobia, os palpites e destruindo a ideia formada sobre maternidade e gravidez pleníssimas e cor-de-rosa.
Tenho participação nas antologias: “Então vem dia dos namorados” pela psdoispontos, “Gordes” pela Se Liga Editorial e “Te odeio mãe com todo meu amor”. Assino duas cartas na antologia “Meu (não tão) querido Ex” e estou com meu primeiro romance para ser publicado na Amazon até novembro chamado “Livre de Você”.
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